É SEMPRE A ABRIR!
ISTO AINDA VAI
ACABAR POR PROVOCAR UMA REVOLUÇÃO E O PIOR É QUE EM VEZ DE SER UM 25 DE
ABRIL ATÉ PODE SER UM 28 DE MAIO.
Mais uma golpada -
Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE
É uma golpada com muita classe, e os
golpeados somos nós....
Era uma vez um senhor chamado Jorge
Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja,
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém
conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.
Mas o que sabemos é que o senhor
Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os
aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se
demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo
devidos, ela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros
quaisquer benefícios.
Porém, com o senhor Vasconcelos não foi
assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês durante o
máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego. Aqui, quem me ouve ou lê
pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo:
«Mas você não disse que o senhor
Vasconcelos se despediu?».
E eu respondo: «Pois disse. Ele
demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!».
E você volta a questionar-me:
«Então, porque fica o homem a
receber os tais 12 000 por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o
trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».
Se fizermos esta pergunta ao
ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime
aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi
aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo
com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de
administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que
não resultar desses estatutos».
Ou seja: sempre que os estatutos da
ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público
não se aplica.
Dizendo ainda melhor:
O senhor Vasconcelos
(que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do
conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos,
criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por
exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos
seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos
governantes.
Trata-se, obviamente, de um
escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de
portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego
miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desavergonhado
abocanhar do erário público.
Mas, voltemos à nossa história...
O senhor Vasconcelos recebia 18 mil
euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo.
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal,
o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir
as disposições legislativas para o sector energético.
E pergunta você, que não é burro:
«Mas para fazer cumprir a lei não
bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?».
Parece que não.
A coisa funciona assim: após receber
uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação
das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador
de serviço.
Ou seja, a ERSE não
serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas
astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos
da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até
quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará
tão pesada canga? E tão descarado gozo? Politicas à parte, estou em crer que
perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.
JÁ AGORA FAÇAM LÁ O FAVORZINHO DE
COPIAR PARA A V/ LISTA DE AMIGOS, COM A FOTO DO CHULO, PARA QUE FIQUE
BEM CONHECIDO!
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